Relações econômicas

Comércio de Produtos

O comércio de bens entre a Grécia e o Brasil mantém-se em níveis baixos, devido à distância geográfica, às barreiras tarifárias e às restrições comerciais em geral. Além disso, observa-se um déficit comercial em desfavor do nosso país, o qual se deve principalmente:

a) ao fato de que, nos últimos anos, o Brasil se tornou um fornecedor alternativo de produtos que anteriormente a Grécia adquiria de outros parceiros comerciais (matérias-primas, açúcar); e

b) à valorização dos produtos agroalimentares brasileiros (soja, café), em razão da crise nas cadeias de abastecimento, bem como da safra limitada causada pelas mudanças climáticas.

Ainda assim, o Brasil é o maior parceiro comercial da Grécia em toda a América do Sul e Central, com o comércio bilateral alcançando os 500 milhões de euros.

Comércio Bilateral de Bens 2019/2024

Fonte: Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), em dólares americanos, Processamento de dados pelo Escritório ISD de São Paulo

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as exportações gregas totalizaram, em 2024, 104,6 milhões de dólares, frente a 58,5 milhões de dólares em 2023, registrando um aumento de 78,9%. Por sua vez, as exportações do Brasil totalizaram 353,5 milhões de dólares, em comparação com 439,3 milhões de dólares em 2023, apresentando uma redução de 19,5%. O volume total de comércio foi de 458,2 milhões de dólares, contra 497,3 milhões de dólares em 2023.

Fonte: Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), em USD. EUA. Processamento de dados São Paulo ISD Office

Os principais produtos exportados foram derivados de petróleo, frutas de kiwi, produtos para barbear e farmacêuticos. Por sua vez, em 2024, a Grécia importou principalmente café, soja, tabaco e combustível para aeronaves.

Em 2024, a Grécia ocupou a 75ª posição entre os fornecedores do Brasil, com uma participação de 0,04% nas importações totais brasileiras, em comparação à 86ª posição em 2023 (0,02%).

Comércio de serviços - Balança de serviços

Fontes: Banco da Grécia, em milhões de euros

O comércio bilateral de serviços é superavitário para a Grécia. Segundo os últimos dados disponíveis do Banco da Grécia, em 2023 as receitas totalizaram 1,41 bilhões de euros, frente a 1,57 bilhões de euros em 2022 e 1,16 bilhões de euros em 2021, enquanto os pagamentos foram de apenas 104 milhões de euros, comparados a 81 milhões de euros em 2022 e 58,2 milhões de euros em 2021.

As principais categorias de receitas são, sobretudo, os serviços marítimos e, em segundo plano, o turismo. O Brasil é o principal cliente da Grécia no setor de serviços marítimos, ocupando o 1º lugar entre todos os parceiros comerciais da Grécia nesse segmento. Um número significativo de navios de propriedade grega presta serviços de transporte de e para o Brasil.

Chegadas de turistas à Grécia vindos do Brasil

Fontes: Banco da Grécia  (Dados provisórios de 2023 até novembro de 2023)

De acordo com os últimos dados disponíveis do Banco da Grécia, as chegadas de brasileiros ao nosso país, no período de janeiro a novembro de 2023, com base na pesquisa estatística amostral de fronteiras, totalizaram 23.271. Segundo os dados do Ministério do Turismo da Grécia e a medição das chegadas e pernoites, conforme o Regulamento Europeu (UE) 692/2011, para o total das acomodações do tipo hoteleiro, acampamentos e quartos para aluguel, foram registradas: 111.831 chegadas de brasileiros e 308.934 pernoites de brasileiros.

Investimentos gregos no Brasil

No Brasil, as empresas gregas atuam na área de produção de cimento, na área de transporte marítimo de cargas líquidas e secas, e no desenvolvimento de projetos fotovoltaicos. Na Grécia, representantes de empresas brasileiras atuam nos setores de utensílios de cozinha e talheres, no comércio de café e na indústria de sorvetes. Além disso, cidadãos brasileiros têm investido no setor imobiliário grego.